Apologética letra

Era um beato na sala
(Barba vasta).
Era uma mocinha santa
E outra casta.

Era um enterro em latim:
Horas calmas.
Passai com Deus e a virgem,
Irmão das almas!

Era a esperança, o alívio,
No meio da procissão.
Era o caminho, a certeza,
Da bendita salvação.

Era um domingo de ramos
(A novena).
Pai-nosso, credo e bendito:
Cantilena.

Era um ex-voto, um cruzeiro
(A promessa).
Um oratório, um espelho,
Uma festa.

E hoje a morte da alma
Beija e abraça a vida.
É o calvário onde a fé
Há muito, jaz esquecida.

Júnior Cordeiro - Letras

• Aforismo 22
• Alma Nua
• Apologética
• Caucasiana Dos Trópicos
• Cipriano “O Feitisanto”
• Conselho de Anjo
• Coração Nativo
• Da Madrugada (A Hora Inversa)
• Desaprumado
• Doidarte
• É Somente o Meu Amar
• Éfeso
• Etc, Etc, Etc
• Fulano da Boa Morte
• Galope À “Beira-rio”
• Malleus Maleficarum
• Megalópole de São Saruê
• Morada Aberta (O Exorcismo)
• Moura Encantada
• No Encalço do Boi Mansinho
• O Beato Malaquias
• O Bruxo do Cariri Velho
• O Câncer Das Velocidades
• O Doido Sinval
• O Jeito Com Que Mexes Nos Cabelos
• Poção do Amor
• Por Fora do Mundo
• Retalhos, Sombra e Ilusão
• Sinestesia do Alto da Ponte Velha
• Sinos
• Sonho Repetido
• Sonhos, Sertão e Loucura
• Tintas, Madonas e Cores